Por que o seguro DPVAT é mais caro para moto?

Em Motos e scooters por André M. Coelho

Determinar o custo médio do seguro DPVAT de motocicleta não é uma tarefa fácil. Tantas variáveis ​​entram na determinação do custo que é difícil identificar o que você pode estar procurando pelo custo total no ano seguinte. Esse seguro obrigatório é mais caro para motos, mas será que tem um motivo para isso? Vamos entender o DPVAT, primeiramente.

O que é o DPVAT?

Danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (DPVAT)  é um seguro obrigatório no Brasil que fornece indenização às vítimas de acidentes causados ​​por veículos terrestres motorizados. Foi criado em 1974 pela Lei 6.194 / 74. Não se aplica a trens, barcos, aeronaves ou bicicletas, e não cobre danos materiais (como danos a veículos). No entanto, aplica-se a acidentes envolvendo veículos automotores terrestres e bicicletas e pedestres.

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O DPVAT garante indenização para vítimas de acidentes por morte, invalidez permanente e assistência médica e despesas suplementares, com os valores sendo fixados pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, que possui vínculos com o Ministério da Fazenda) e ratificada pela Lei 11.482 / 07.

É obrigatório para todos os proprietários de veículos motorizados. É pago anualmente no início de cada ano e é válido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro. Diferentes tipos de veículos pagam taxas diferentes, e motos geralmente pagam valores mais altos por isso.

DPVAT de moto: entendendo o cálculo

O DPVAT é administrado por uma seguradora. Essa seguradora tem um banco de dados com todas as solicitações dos benefícios do DPVAT. Para atender todos os pedidos de reembolso do seguro, pagar os custos operacionais da seguradora, e ainda obter lucro, o valor cobrado pelo DPVAT deve ser definido com base na previsão de acidentes com o tipo de veículo que está sendo segurado. Geralmente essa previsão se baseia no número de solicitações do seguro no ano anterior.

Por exemplo, para 2019, o seguro DPVAT vai se basear em dados em projeções de 2018, assim como todos os acionamentos do seguro que foram feitos em 2018. Dentro desse contexto é que o DPVAT para motos é calculado.

Segudo DPVAT para motos

O valor do DPVAT para motos é maior porque os pilotos e caronas destes estão mais propensos a solicitarem o seguro devido a acidentes. (Foto: YouTube)

O valor do DPVAT de motos é maior por quê?

Suponha que em 2017, 200 motociclistas pagaram o DPVAT e todos esses 200 se envolveram em acidentes e precisaram acionar o seguro. Porém, no ano de 2016, apenas 50 desses mesmos 200 motociclistas precisaram acionar o seguro. Isso significa que em 2018 o seguro DPVAT terá um aumento no valor, já que mais motociclistas acionaram o seguro, gerando custos mais altos para a seguradora. Se em 2018 apenas 50 motociclistas acionarem o seguro, em 2019 o valor do DPVAT vai cair novamente. Isso responde o básico do cálculo, mas não responde por quê o valor é mais alto.

Motocicletas são veículos que estão mais propensos a se envolverem em acidentes. E ao se envolverem nesses acidentes, os ocupantes das motos estão sujeitos a ferimentos mais facilmente pois, ao contrário de caminhões e carros, motos não tem a proteção de uma carroceria. Assim sendo, mais motociclistas acionam o DPVAT do que motoristas de carros e caminhões. Se mais motociclistas acionam o seguro DPVAT, então os custos da seguradora são mais altos, e esses custos são repassados aos motociclistas. Com menos motoristas de carros e caminhões acionando o DPVAT, os custos deles são menores.

Nos últimos anos, com a redução no número de acidentes com motociclistas e o uso de seguros particulares, o DPVAT tem sido menos usado pelos motociclistas e seu valor tem caído. Vamos contribuir para que o valor caia ainda mais mantendo uma direção responsável e com segurança em nossas motos.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.

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